Capítulo 14 completo

Capitulo 14 – Ano de 1991

Ano no Yate Clube Icaraí

Neste inicio do ano me apareceu uma oportunidade guardada desde meus tempos de marinha.
Naquele tempo eu fui algumas vezes encarregado das salas de provas que fazia a capitania dos portos para Arrais Amador ( piloto de lancha)
O tenente que ministrava as provas me incentivou a fazer oque aproveitei mas nunca aproveitei
Neste ano apareceu uma oportunidade depois de fazer um serviço de chaveiro no Yate Clube Icaraí em Niterói e aproveitei. Como tinha a carteira de arrais amador e servi a marinha me deram a oportunidade de ser marinheiro da lancha do clube que levava os donos dos barcos até seus barcos que ficavam na boia próxima.
Mas como tinha contato com todos os donos de barcos conversando com o dono do Saveiro Ilha Dourada, sai do clube e fui trabalhar para ele. Sr Stefeson um sueco casado com uma brasileira muito rico dono da fabrica de metros de pedreiro da marca Brasil.
O meu trabalho ali era durante a semana cuidar do barco, como era de madeira tinha que manter a pintura, molhar o piso com água do mar e aos finais de semana sair com ele e as amantes dele para Itaipu, único lugar que viajava com seus amigos. (Sua esposa não ia pois não suportava o mar e mareava até por chegar no cais)
O salario era bom, mas o problema que entrei em crise e muitas vezes dava risada de mim mesmo pela situação era que tinha muita energia e não tinha nada para fazer. Isso me estressava muito.
Mas no Yate Clube passei bom momentos.
Lembro que a primeira vez que vez um telefone que não ficava ligado na tomada ou em fios e que falava com qualquer lugar do mundo, isso na época era novidade e não tinha no Brasil
Tambem tinha no clube campeonatos de pesca e num desses, o dono de uma lancha que pescavam muito atum, self fish e marlin azul, um deles mandou o marinheiro dele tirar a ova para fazer caviar e me deu o peixe inteiro.
O peixe com o bico tinha mais de 2,50 mt de altura oque contei a cabeça com aquele bicão, contei em postas e ensaquei, peguei todas as bolsas que tinha e levei para casa. Seria peixe para meses…
Na casa do Cubango era morro, e a subida sempre foi sofrida, coloquei duas bolsas pesadas no ombro e mais duas na mão e fui pra casa, na subida, a cada três passos parava para respirar. Não tinha crise, mesmo que levasse a noite toda para chegar.
O problema que a Ruth sempre gostava da casa cheia e o Gabriel que casou com a Sanye e a Renilda com seu monte de filhos sempre aos finais de semana estava em casa. Não foi diferente este dia, quando cheguei mostrei para o ruth e pedi a ela preparar para congelar.
Oque ela fez, deixou uma posta pequena e deu as outras 8 postas grandes para os outros enquanto estava tomando banho. Quando sai, todos já tinham ido embora, oque entendi pois ela tinha dado todo o peixe para os outros.
Isso me chateou muito pois o pessoal nunca ajudava mas estava sempre almoçando e passando todo final de semana em casa sem ajudar.
Depois disso fiz uma prova com ela, num final de semana não fiz compras e pedi ao gabriel e a renilda para fazer uma vaquinha para comprar mistura, não levou meia hora eles lembraram do nada que tinham compromisso e nos abandonaram
A ruth ainda ficou alegando que era sisma minha…
No final do ano me apareceu mais uma oportunidade,um dos donos dos barcos tinha uma vídeo locadora, que na época era muito útil e ele começou a importar videos cassetes. Ele me fez uma proposta de me treinar e eu ficaria responsável em transcodificar os videos cassetes que ele trairia com placa comprada de uma oficina amigo dele.
A empresa chamava Vídeo C e ficava no centro do lado da praça XV no Rj na rua do Ouvidor.

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