Capítulo 07 completo

Capitulo 07 – Ano de 1984

Ano de engajamento na marinha e conheci a Jesus.

Estava frequentando as reuniões somente no quartel durante semana, não queria ir a uma igreja para poder aprender mais sobre como ser cristão, apesar de muitos me convidarem.
O primeiro pedido que fiz a Deus foi para eu continuar no quartel, pois se eu voltasse seria difícil professar minha fé pois meu pai era para ser padre, e católico beato e minha mãe dominadora nesta época.
Este pedido foi o primeiro atendido a mim por Deus. Não sabia que isso fez minha mãe chorar, depois que soube, que ela esperava que eu voltasse para casa depois de um ano de alistamento. Nunca mais minha mãe foi a mesma comigo.
Quando decidi e cria que estava seguro de conhecer uma igreja falei ao grupo. Veio esse dirigente batista e disse para visitar a igreja dele que tinha piscina e muitos jovens. Não senti segurança. Outro me convidou também e também não senti segurança.
Quando um irmãozinho muito simples disse que visitar a igreja dele que tinha todos os sábados o dia inteiro de culto de jovens e que Deus falaria ao meu coração certamente. Senti firmeza e fui visitar a igreja dele.
Estava em obras ainda a Igreja Quadrangular de Vilar dos Telles RJ. Enquanto servi no Ciaga la eu frequentei.
No meado do ano como eu estava engajado e ia seguir carreira como QSO Quadro de Operações como desejava, fui destacado a servir na DHN que nesta época já era na Ponta da Areia em Niterói RJ.
Na DHN consegui me destacar para trabalhar não na faxina mas no departamento de Navegação a escola de aperfeiçoamento de oficiais da Marinha ali para servir o lanche e café aos alunos, Consegui pois na época o Comandante Nelson que era o líder deste departamento tive a coragem de falar com ele dizendo que era QSO e precisava estar no departamento dele, ele foi com minha cara e mandou eu subir para servir com ele.
Nesta época eu ainda morava no quartel da DHN e ficava a beira da Bahia de Guanabara com vista linda e a brisa do mar.
Havia naquele quartel um salão grande que era a capela, mas as reuniões estavam sem acontecer, pois os crentes do quartel tinham se esfriado espiritualmente. Comecei a falar com todos para retomar os cultos e conseguimos um grupo para a hora do almoço.
O período do culto era assim, um grupo assistia na primeira meia hora do meio dia e seguia para o almoço, enquanto isso a segunda turma estava voltando do almoço se seguia com o culto.
Eu nesta época aprendi a dirigir um culto em 30 minutos, contando hinos e pregando neste tempo.
Teve vezes que tínhamos sempre visitantes, uma vez que eu preguei, ao sair o visitante enquanto estávamos a caminho do almoço ele perguntou como aceitar a Jesus, eu fiz varias perguntas para confirmar o desejo dele e na mesa do almoço eu entreguei o coração dele a Jesus.
Aconteceu anos depois ele ja tinha ido para outro quartel e eu morava na Marambaia, já casado, encontrei ele no ônibus da marambaia para o Alcântara e encontrei ele no ônibus cheio. Perguntei a ele como estava e disse que estava desviado.
No meu afã quase peguei no pescoço dele e chamei ele de louco que Jesus estava vindo e ele ficaria de fora;. Ele era mais alto que eu, saiu do ônibus e continuei falando para ele voltar, assustado dizia que sim.
Semanas depois encontrei ele novamente no ônibus e já fechado a cara perguntei como estava, ele abriu um sorriso e disse que tinha voltado para Jesus.
Nunca mais encontrei ele, espero vê-lo na glória com certeza. Meu primeiro filho na fé…
Neste ano também foi o ano que conheci a igreja do Caramujo, foi assim.
Como as reuniões no quartel da DHN estavam ficando menos participativas, com menos pessoas, um dia orando pedi a Deus para me direcionar a conhecer uma igreja em Niterói pois como estava morando no quartel estava precisando ter um alimento espiritual de uma igreja externa.
Nesse dia de oração Deus me mostrou no meio da oração a palavra Assembl e o restante estava dentro das nuvens. Sai no meio dos irmãos do quartel para saber quantas igrejas poderia encontrar com essas primeiras palavras e todos disseram que somente Assembleia de Deus.
No final do dia sai para dar um passeio pois era um sábado, pensei em ir até o shopping das barcas ou no Plaza Shopping. Quando estava passando pelas barcas vi que tinham feito distribuição de folhetos e por curiosidade todos virados de ponta cabeça, peguei um e vi que era um convite da Assembleia de Deus no Caramujo .
Por curiosidade anos depois soube que este evangelismo foi feito por um grupo de jovens dessa igreja e que minha futura esposa estava neste evangelismo. Decidi conhecer.
Chegando la no domingo, fui apresentado como visitante e tudo normal. Na semana seguinte, no domingo a noite quem me apresentou como visitante foi o pastor da igreja Pastor José Gomes. Nisso que ele falou que eu era um jovem recem cnvertido marinheiro toda a mocidade que sentava a frente juntos olharam para mim. Nisso pensei que eles tinham algum problema com marinheiros, mas na realidade ali também estava a minha futura esposa, e houve um pequeno alvoroço entre as jovens.
No final do culto todos vieram me cumprimentar e ela (minha futura esposa) também.
Nas semanas que se seguiram eu comecei a frequentar a escola dominical. Teve um domingo que o tema (creio eu) era sobre o chamado de Deus, e nesse dia no grupo que estava fiz uma pergunta assim:
Se Deus chamasse você para ir para uma terra distante para pregar o evangelho, sendo que a sua realidade seria a seguinte: Você casado com filhos, o pais que fosse chamado seria um pais de língua diferente da sua que vc não conhece e também vc não tivesse dinheiro para viajar, oque faria, aceitaria o desafio ou não.
Houve muito barulho que até incomodou os outros grupos, uns dizendo que Deus não era louco de fazer esse tipo de chamado, outros dizendo que aceitaria se Deus realmente estivesse na direção.
No final eu coloquei minhas considerações: Disse que Se Deus tivesse realmente mandado, primeiro ele confirmaria e acalmaria e daria todas as condições a sua família, depois levantaria alguém para ofertar a passagem e em terceiro lugar certamente Deus estaria enviando para falar alguém de sua própria língua.
A escola dominical acabou agitada e só sei que nas semanas seguintes a sala de aula nossa triplicou de pessoas.
Em setembro deste ano tomei a decisão de passar pelo batismo nas águas oque aconteceu no rio na cidade de Bananeiras RJ no dia 10 de setembro.
Nessa época já estava namorando a minha futura esposa, Ruth Helena Pereira Monteiro. Ela me acompanhou junto com sua mãe no meu batismo que foi inesquecível.
Ja chegando em novembro fomos visitar com a autorização do Pr Jose Gomes a congregação de Ititióca, dirigida pelo Evangelista Joaquim Campos. Foi tão impactante esta visita, apesar de ser a menor congregação entre as 5 congregações do campo, que pedimos autorização ao Pr José Gomes para começar a congregar em Ititióca, no bairro de Pendotiba, Niterói RJ.

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