Capítulo 11 completo

Capitulo 11 – Ano de 1988

Saída da Ibituruna

Neste inicio do ano sai da Lapidação Ibituruna no Bairro de Neves – Niterói – RJ e consegui entrar na Comunidade S8 no bairro de Marambaia SG – RJ
Foi assim…
A comunidade S8 é uma estamparia de tecidos de alto nível e seu fundador foi prefeito de Niterói a muitos anos atras e o seu filho ficou envolvido com as drogas e o vicio.
Seu pai como pastor procurando fazer tudo e como não existia muitas casas de recuperação ele mesmo criou, mas para manter a associação montou uma estamparia e os lideres de sua igreja se envolveram na administração com muito sucesso.
Na época eles estampavam as camisas de umas das marcas mais famosas de camisas a BEE. Mas era um acerto entre eles somente trabalhar pessoas que estavam em tratamento contra as drogas.
Eu precisava trabalhar e nisso já morava perto, no Bairro da Marambaia em São Gonçalo. A principio eles relutaram muito em me contratar, pois, além do mais, eu era membro de uma igreja tradicional muito exigente, a Assembleia de Deus em Monjolos (bairro vizinho) e eles eram muito avançados em liberdade para as igrejas históricas, o que seria mais ou menos as igrejas apostólicas de hj.
Depois de muitas reuniões, eu me comprometendo de entender a situação e mostrar que era crente de verdade aceitaram e fui no primeiro crente que não era membro da Igreja S8 a trabalhar na estamparia.
Foi uma experiência muito boa para mim, pois quando o trabalho parava por algum detalhe de montagem de telas, ou preparação das camisas na mesa, ficávamos orando e lendo a bíblia perto do café.
Isso me fortaleceu muito a minha fé.Já estava bem integrado no grupo e aceito, teve um evento na igreja S8 de oração e poder de Deus, me interessou muito e fui pedir para os lideres da estamparia para participar oque o pastor presidente autorizou, mas ficaram achando que eu sairia escandalizado pelo que poderiam falar.
Na minha igreja só sabiam que estava trabalhando lá e nessa reunião nunca souberam. Mas nesse encontro, em um determinado momento entre palavra e oração, os pastores chegavam em cada um e oravam para o batismo com o Espirito Santo.
Quando chegaram em mim, eu senti durante a oração como se tivessem carimbado um selo em meu peito mas fechei minha boca achando que qualquer coisa que falasse poderia ser por influencia.
Os pastores perguntaram se não tinha sido batizado e disse que tinha recebido o selo, mas eles falaram que a confirmação era o falar em línguas, nisso me calei.
Depois de um tempo o pastor presidente da S8 chegou em mim com muita autoridade e me disse que ele iria orar e era para entregar oque Deus tinha me dado, me assustei, como ele sabia?
Quando ele orou comecei a falar em línguas que cheguei a cair no chão sem forças. Depois de mais de meia hora no chão, consegui levantar e sempre quando ia falar alguma coisa saia mistério de Deus do batismo, não conseguia controlar.
Quando sai dali, veio uma preocupação, como falaria na minha igreja que eu tinha sido batizado com o Espirito Santo justo na comunidade S8 que eles olhavam torto.
Isso aconteceu no sábado, no domingo de manhã teve a escola dominical e depois da escola teve o culto. A igreja de Monjolos estava em obras ainda e os bancos eram aqueles bancos de obra compridos. Como Deus que criou a piada, ele fez uma comigo neste dia.
Havia na igreja um irmão que falava já em mistério e nunca sentava do meu lado, neste culto o amado irmão não sentou do meu lado… ele começou a falar em mistério alto e eu não segurei e comecei a falar em mistério também. Até hoje a igreja pensa que fui batizado naquele momento.
Só que seguindo a onda, fui falar em mistério alto também oque Deus entregou uma mensagem a uma irmã do circulo de oração e me entregou o recado que meu mistério não era para gritar e sim falar moderadamente, nunca mais esqueci esse primeiro puxão de orelha de Deus, raras vezes na minha vida permiti falar em mistérios em voz alta depois disso.
Mas neste ano também tive uma outra experiencia nem tanto boa. Tive calculo renal. Fiquei internado no hospital de rins no rodo de São Gonçalo e neste hospital, nesta época, ainda não tinha a tecnologia de fazer operação com laser sendo as operações renais com um corte na linha do umbigo de lado a lado, isso fazia com que a pessoa nunca mais poderia carregar peso,pois o rins feito de sangue não cicatriza.
Não fiquei no ambulatório pois estava lotado e com isso me deixaram num quarto de internos particulares. Mas não fui muito melhor, pois, com o passar dos dias, as pessoas que saiam da mesa de operação saiam horríveis. Comecei a orar e clamar a Deus que acreditava que Deus tinha um plano maior na minha vida e não permitiria eu passar por aquela experiencia.
Depois de semanas, quando fui ao banheiro consegui, com muito sacrifício, expelir a pedra através da urina, suei, mas depois foi constatado e fui liberado que me deram alta não precisando mais de operação.
Que livramento. Sofri demais tomando o Baralgim ou quando tinha mais crises o baralgim na veia, Quantas vezes a noite acordava doendo muito quando a pedra se mexia, foi uma época de muito sofrimento e péssima experiencia. Até hoje, quando sei que se alguém perto de mim sofre de pedra nos rins e ter uma crise não contar comigo, pois uma vez fui ajudar uma pessoa e a crise passou pra mim sem ter nada.

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